terça-feira, 29 de abril de 2014

O taxi, a subida e finalmente CHURUP

Partimos do hostal as 7:30 da manhã, nosso destino era a Laguna Churup e partiríamos do povoado Llupa que fica cerca de 7km de Huaraz.

*Preciso abrir um parênteses e contar como foi essa ida...

O ônibus coletivo estava demorando muito para passar, então o guia viu um amigo dele parado, um taxista, e pediu para que nos levássemos até a entrada desse povoado. Junto conosco estava uma garoto, que não deveria ter mais do que 8 anos que iria para escola na mesma região...
Fomos todos.... E estava tudo indo bem mas, depois de deixar o menino na escola, o carro parou de funcionar... Na subida.... O motorista não sabia a diferença entre deixar o carro engatado e no morto para que pudéssemos empurrar.... Isso mesmo, pudéssemos, eu entrei na bagunça para empurrar o carro.
Esse foi o começo da aventura, Ainda bem que o carro voltou a funcionar!!!
Chegamos com muito sacrifício nas entrada do povoado e começamos a caminhar. O trecho do povoado até o inicio da trilha foram de uma hora. Dalí teria ainda mais 3 horas de caminhada em pura subida com trechos de escalada e tudo...




Tenho que dizer que em alguns momentos pensei em desistir... Quanto mais eu andava mais faltava para chegar. Quando chegou o trecho da subida final, que fizemos beirando uma “cachoeira” com pedras lisas e muito úmidas descobri: detesto andar sobre as pedras e as pedras detestam que eu pise nelas...








Mas enfim cheguei à Laguna Churup ela é simplesmente LINDA, tons de azul e verde dão à ela um toque especial.. Uma pena que as nuvens estavam atrapalhando a visão do fundo, uma montanha que recebe o mesmo nome.



*Preciso abrir um outro parênteses e contar agora a minha burrice

No dia anterior fui para Wilcacocha, fez um sol que acabei queimando o rosto de tal jeito que precisei entupir a cara de creme. Então, muito inteligente, resolvi não levar a blusa de inverno.
O detalhe é que estávamos indo para a Cordilheira Blanca, e se vocês lembram, Blanca = neve....


Pois é, passei um frio.... O guia foi muito gentil e me emprestou sua blusa e no fim da trilha, bem próximos ao povoado, começou a chover...
Bom, a descida é tão difícil quanto a subida, mas cheguei bem no final...
Mas chega se choramingos e vamos para uma outra parte boa, que é ter um guia. Isso mesmo, todas as trilhas são possíveis de se fazer sozinha e muita gente faz, mas além da minha segurança, já que sou uma perdida, você tem a oportunidade de saber mais sobre a cultura da região, a forma como se vive... que só vivendo lá ou passando muito tempo para saber...
A cidade de Huaraz te, como uma das bases de sua economia a mineração (o ponto brilhante à direita na montanha é uma mina de ouro) e, pelas palavras do guia, sem a mineração Huaraz seria pobre...



A agricultura é de subsistência e a criação dos animais é mais uma coisa de gostar e estar acostumados a tê-los. De todos os “camponeses” apenas 20% deles destina sua produção para venda.

Sobre os animais, algo curioso que explica essa relação, vi uma senhora caminhando até um portão e na sequencia as galinhas enfileiradas atrás dela (a galinha e seus pintinhos) ... Parece bobo, mas nunca havia cisto uma relação de dedicar-se tanto a terra e ao animais sem ter ganancia: plantando e criando nada mais que o necessário.
E mais um detalhe é que o QUÉCHUA é a língua falada nesses povoados e não o espanhol. Eles compreendem e até se comunicam com você em espanhol, mas entre eles é só a Língua Mãe.

22.04.2014 - Huaraz

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Inka Cola: contar indicado para diabéticos


De noite, depois da caminhada precisava comer alguma coisa... A dor de cabeça estava muito intensa e  pela recomendação do guia o solução era simples: se alimentar bem e beber bastante água.

O problema era que os frangos não saiam da minha cabeça... Estava com um enjoo só de me imaginar comendo, porque se os frangos são colocados daquele jeito imagine o resto...

Acabei encontrando uma pizzaria pequenininha mas muito limpa próximo à Plaza de Armas. O dono foi super simpático comigo....

Lá provei a minha primeira Inka Cola. A cor não é das mais convidativas e é MUITO doce... Lembra refrigerante de tutti-frutti mas o sabor é diferente. Em resumo gostei.


Mas você deve estar se perguntando o que comi... Bom, pizza de queijo com piña, que só quando recebi o prato percebi que piña é abacaxi...

21.04.2014 - Huaraz

WILCACOCHA


Minha primeira impressão quando cheguei em Huaraz foi: em que planeta estou?

Mulheres vestidas de forma bem distinta, buzinas para todo lado, batatas e algo bem parecido com isso sendo cozido nas calçadas e no hostal que me hospedei a rua estava sendo refeita simplesmente uma cratera....

No começo pensei que minha estranheza era devido ao cansaço, mas pela manhã me deparei com tudo que havia visto na noite anterior e um pouco mais...

Umas delas foram os frangos: depenados e pendurados num balcão esperando serem comprados... Juro, tive pesadelos com esses frangos....
 

Mas vamos ao que interessa... O passeio do dia foi a Laguna Wilcacocha que está à mais ou menos 4000 de altitude.

Pegamos uma van e descemos na ponte Santa Cruz. O nome se dá por um rio que passa logo abaixo e que corta as cordilheiras Negra e Blanca. Essas cordilheiras se chamam assim porque a primeira nunca tem neve no topo, mesmo quando está muito frio e acontece de nevar, logo ela se derrete e volta a ficar Negra.... Já a Blanca, bom, é pura neve o ano todo. Há também um povoado morro acima conhecido como Povoado de Santa Cruz.



No caminho de Wilcacocha a cordilheira Blanca só aparece muito tempo depois da caminhada (ps.: SUBIDA)...

Chegamos a Laguna aproximadamente depois de 3h com muita falta de ar, sentindo o coração bater na garganta e uma dor de cabeça chatinha e constante...

Os habitantes dessa laguna são privilegiados pela incrível vista das duas cordilheiras e da paz que é estar ali.

Como almoço comemos frutas admirando a paisagem e, é claro, recuperando meu folego. Umas dessas frutas merece meu comentário: a Granada. Por fora ela é interessante mas o aspecto por dentro tenebroso, mas sempre é bom experimentar antes de criticar....

 

INCRÍVEL... Ela é suculenta e levemente adocicada....

Vale a pena provar!!

21.04.2014 - Wilcacocha - Huaraz

Entre gnomos e duendes... #sóquenão


Na viagem de ida para Huaraz tive uma surpresa, não imaginava que a região era tão seca... Algumas das construções lembram pau a pique.

 
 

Foi no ônibus também que tive minha primeira experiência com o tão temido chá de coca:

 - Depois do almoço no ônibus, estavam oferecendo café ou mate de coca... As pessoas que estavam em volta estavam optando pelo mate, então fui na onda...
 

Não, não vi gnomos, nem duendes, nem universo paralelo.... Nada disso

O chá é levemente amargo e tive a sensação de ser meio “mentolado” no final.

E vamos indo... Afinal são 7 horas de Lima a Huaraz....

20.04.2014 – À caminho de Huaraz

O primeiro dia!


Depois de uma noite “mal dormida” no Aeroporto, embarco de mala e cuia para o meu destino tão esperado: Peru

O voo com a empresa TACA, agora Avianca, foi tranquilo e confortável, nada de excepcional. Mas para mim, o mais importante, é que consegui dormir um puco.

Para os que me conhecem sabe: ADORO ME SURPREENDER! E o Peru já começa bem....

Em primeiro lugar, em todos os relatos de viagem que li em blogs e também na página dos Mochileiro.com é que não havia no Peru um terminal rodoviário; pois bem, agora existe! Foi construído à 3 anos e posso afirmar que é moderno, limpo e organizado. Perfeito para quem opta por viajar de ônibus. ** Um aviso importante: o terminal fica numa região ligeiramente perigosa então não é seguro caminhar fora do terminal...

 

Em segundo, o terminal tem uma conexão com um shopping, até então nada d+, resolvi comer algo antes de viajar nesse shopping e eis que me dou de cara, na praça de alimentação, com um monte de microondas. Isso mesmo, aqui em Lima você marca um piquenique no shopping....


Agora estou aguardando o ônibus para minha primeira cidade Huaraz. Que adoráveis surpresas me aguardam?!?!?!

20.04.2014 – Terminal Plaza Norte-Lima

Feliz Pascoa


As vezes nos surpreendemos com as coisas e as pessoas que cruzam nosso caminho...

Quando se viaja sozinha é preciso estar aberta ou para começar uma conversa ou permitir ser abordada...

No caso, por mais incrível que possa parecer dessa vez fui apenas ouvinte

O homem me contou sua vida inteira, mostrou fotos do filho que cria sozinho me Manaus, me deu dicas sobre a Bolívia.... Tudo isso me “custou” R$100, isso mesmo...

Sabe que sou coração mole... Ele precisava de R$64 para embarcar no próximo voo para Manaus, o motivo? Bom, se eu descrevê-lo aqui vou ficar com câimbra na mão porque tempo aqui tenho de sobra....)

Enfim, como não tinha trocado dei os R$100 mesmo, e eu ainda disse: não vai esquecer o ovo de páscoa do Biel...

- 19.04.2014, Aeroporto do Galeão-RJ

sábado, 19 de abril de 2014

Falta pouco!

Com incentivo do meu Gerente Alexandre Tavares resolvi fazer um blog.

Digamos que a escrita não é o meu forte e essa é a primeira vez que faço algo parecido afinal, nem o Facebook eu atualizo direito, mas não custa tentar...

Apesar desse começo  entediante vou tentar não ser tão chata nas próximas publicações.

Bom vamos ao que interessa.... Depois de alguns meses me planejando, em menos de 24h estarei embarcando para a aventura deste ano: Peru e Bolívia.

Não preciso dizer o quanto estou ansiosa, a mochila está pronta à uma semana.



Tudo isso em busca de ter a experiência em estar numa das principais cidades Inca - Machu Picchu,  conhecer o berço daquela civilização - Lago Titicaca, estar na cidade patrimônio histórico da UNESCO - Sucre, ir no deserto de Sal - Uyuni, andar no trem da morte - Santa Cruz, e tantas outras cidades incríveis que irei conhecer.

Enfim, hoje é o grande dia e convido a todos em mais essa aventura!!!